domingo, 21 de agosto de 2011

Crônicas de uma Adolescente em Crise IV


Acabou. E a partir do momento em que se findou, descobri que o que me fazia sofrer, chorar e sentir diversos desamores não era pensar na hipótese de viver sem ti. Descobri que o que me fazia sentir este turbilhão de sentimentos era justamente estar com você.
O jeito que você me tratava, desigual a tudo e todos, me corroia por dentro e me estacionava em uma imensa e dolorosa depressão.
Quando se findou e então respirei, vi a solidão causada pela dor da depressão partir e um mundo novo abrir as portas para mim. Um mundo onde tudo tem mais cor.
Tradução: estou feliz por não te ter.
Foi bom enquanto durou e durou o tempo necessário para que eu aprendesse a não depositar tanto minhas esperanças nas pessoas. Elas nos decepcionam por não serem perfeitas. Só Deus não é ilusão!

                                                                                                          Ana Carla Torres

Crônicas de uma Adolescente em Crise III


Eu posso morrer de saudades, mas o que me sustenta é o orgulho.
Não que eu seja muito orgulhosa, mas eu cansei de me doar a um relacionamento onde vejo que só eu procuro estar bem.
Cansei de correr atrás de quem não me dá meu devido valor. Sou um ser humano, tenho um coração, uma alma e sentimentos. Há pessoas hoje ferindo meu coração, atingindo minh’alma apenas por pensar que eu, pelo meu jeito não muito amável de ser, devo de tudo suportar. Por isso, hoje, eu dou o devido valor a quem me dá valor. A amizade se tem assim. Mas e o amor? Este nasce de uma bela amizade, da cumplicidade entre dois amantes.
E analisando todas as definições de amor existentes, afirmo que nunca amei ninguém. Porém, espero encontrar alguém com quem possa dividir este sentimento e desfrutar com este por toda minha vida.

                                                                  31/07/2011 – Ana Carla Torres

Crônicas de uma Adolescente em Crise II


Não sei o que fazer, me encontro em uma crítica situação. Um namoro sem sentimentos, pelo menos de minha parte.
Não vejo graça, não sinto mais prazer em estar com ele, em beijá-lo, em tocá-lo. Estar em sua presença é quase uma obrigação, afinal são 9 meses, não 9 dias e não se joga isso para o alto com tanta facilidade, precisa-se de uma conversa e é nessa parte que estou morrendo só em pensar fazer. Tentei hoje, mais do que nas outras vezes findar esse caos que me magoa cada dia mais, mas quando estamos juntos, mesmo de um jeito diferente, o jeito dele, percebe-se que ele gosta de mim e quer estar comigo e isso me faz, de certo modo perder a coragem na hora de dizer que não quero mais.
Quando estamos juntos só sei falar do que ele faz (ou não faz) que me estressa, não consigo conversar normalmente, me sinto sufocada.
Não vejo a hora de tomar coragem e me libertar, poder respirar, poder viver.

                                                                                                          Ana Carla Torres

Crônicas de uma Adolescente em Crise


Escrevo sobre amor, porém nunca o senti verdadeiramente e com tal intensidade. Tive paixões, que ardem loucamente e se vão repentinamente, tão quanto vieram.
Um dia ainda sentirei um amor avassalador por alguém e quero sentir isso pelo alguém que irá me acompanhar até meus últimos dias.
Se não vier a casar, quero entregar minha vida a Deus. Quer melhor amor?! Tenho plena certeza que serei correspondida na mesma proporção ou até em proporções maiores, tais que não poderei retribuir nem a metade, mas garanto que darei meu máximo.
Por ventura, se vier a me casar, quero ser amada, ser correspondida e me doar ao máximo que puder.
Quero um amor que tudo suporte e mesmo quando acabe o encanto inicial, sejamos tão um do outro que façamos renascer o que se chama de verdadeiro amor e, assim, vivermos juntos até nossos últimos dias.

                                                                                                           Ana Carla Torres